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ALMANAQUE BENE TROVATO APRESENTA
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QUEM TERIA INVENTADO O ÓRGÃO ?
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Um dos mais notáveis instrumentos foi construído, no ano
de 1952, pela Aeolian-Skinner Opus 1203, para a
First Church of Christ, Scientist in Boston (Igreja Mãe),
Massachusetts, USA (Vide imagem em (
http://flickr.com/photos/[email protected]/2364715459 ) Muita literatura poderá ser encontrada na WEB; todavia, uma das mais expressivas que recomendamos é a que foi autorizada pela própria Igreja Mãe ao espaço https://id312.securedata.net/ravencd.com/merchantmanager/product_info.php?products_id=27 cujo sub-titulo é The Aeolian-Skinner organ in the Extension of The Mother Church
Alguns autores citam o nome de Jubal, filho mais novo de Lameque e Ada, como inventor da harpa e da flauta e talvez os hebreus fizessem uso de algum instrumento rudimentar e semelhante ao principio mecânico do órgão; afirmam também que o órgão teve como seu antecedente a Flauta de Pan. Mais adiante, próximo a 170 a.C, descrito por vários autores, há um revezamento do inventor do órgão, ora Arquimedes ora Ctésibios (Ctesibio, Ctézibro, Ktesibio). Aprofundando-se um pouco mais, poderemos agraciar aos dois gênios inventores com as seguintes descrições: 1) O mais antigo instrumento conhecido do gênero foi apresentado por Ctesíbio de Alexandria, muito antes de Cristo, ao tempo de Ptolomeu VII. Era um instrumento hidráulico; funcionava metido numa caixa de água onde havia duas bombas de ar. O curioso órgão hidráulico era provido de um grande teclado e de 8 a 10 tubos; 2) Afirma-se que o primeiro órgão de tubos foi inventado por Arquimedes, cerca de 229 anos antes de Cristo, mas de qualquer forma esteve em uso o órgão hidráulico de Ctesíbios até o século IX (Testemunho de Casiodoro e Santo Agustín ), quando apareceu o órgão pneumático, movido por foles manuais; daí o nome de órgão de foles, designação que prevaleceu até aos nossos dias. Porém, no Ocidente Século VIII, o mais antigo órgão de que a história faz menção é aquele que o imperador de Bizâncio Constantino Copronimo enviou em 755 ou 757 a Pepino o Breve (ou O Pequeno), e que foi colocado na igreja de S. Cornélio, em Compiègue; cita-se em seguida aquele que o califa de Bagda enviou a Carlos Magno. Estes órgãos eram muito pequenos e portáteis. Quando se construíram outros maiores foram chamados positivos, porque eram assentes no solo. Este nome foi conservado a um teclado do instrumento moderno, que põe em ação um pequeno órgão separado do resto dos jogos. Posteriormente, o órgão alastra-se pela Europa; Todavia, não podemos assegurar, sem uma pesquisa mais intensa, quais foram os paises que predominaram na sua fabricação. A descrição do órgão é muito difícil, por causa da surpreendente variedade que existe na construção e nas proporções desse instrumento. Outro fator complicador é que para um mesmo instrumento, escritos em latim, árabe, catalão, galego, castelhano e vários outros dialetos de outros paises, com ortografia própria e rudimentar, referiam-se os especialistas praticamente ao mesmo instrumento. Um simples grupo de tubos afinados cromaticamente, correspondendo a um teclado e postos em ação por um fole, e aí temos um pequeno orgão. Nos tubos nunca se excedeu, para o maior, a altura de 32 pés (450 kg de peso); é o que dá a nota mais grave. Quanto aos tubos menores, que dão sons de uma agudeza extrema, não excedem 8 a 10 mm; É a forma variada destes tubos, e também á substancia empregada no seu fabrico, que se devem as diferenças de timbre que são a riqueza e uma das originalidades do órgão. Uns são cilíndricos, outros cônicos, estes estreitados na parte superior, aqueles alargados; há os abertos, tapados, com orifícios, etc. Esses tubos dividem-se em dois grupos bem nítidos; os jogos de fundo e os jogos de palheta, que se sub-dividem cada um em duas séries. Encontram-se nos jogos de fundo de uma parte os jogos de flauta ou jogos abertos, e da outra os jogos de bordão ou jogos tapados, os primeiros de uma sonoridade aberta e franca, e os segundos de uma sonoridade mais pesada e mais espessa. Nos jogos de palheta distinguem-se as palhetas livres, de som doce, acariciador, e as palhetas batentes, de som mordente, vibrando por vezes com rudeza. Há ainda uma terceira série de jogos, chamados " de mutação" , cujo efeito único, extraordinário, é absolutamente especial ao órgão; cada um desses jogos compõe-se de quatro, cinco ou seis, e mesmo de dez tubos para cada nota. Este tubos de pequenas dimensões e de um som agudo, são afinados em terceira, quinta ou quarta, oitava, dupla terceira, etc., de maneira que cada nota faz ouvir um acorde perfeito varias vezes dobrado. Resulta assim que o organista pode fazer varias notas seguidas sem dar lugar a séries de terceiras maiores, de quintas e de oitavas, cada uma das notas que entram na sua composição faz ouvir outros tantos acordes perfeitos duplos ou triplos, de modo que parece dever resultar uma cacofonia espantosa; mas, por uma espécie de magia, quando estes jogos estão unidos a todas as espécies de jogos de flauta de 2, 4, 8, 16 ou 32 pés abertos ou tapados, resulta desta mescla o conjunto mais surpreendente e majestoso que se possa imaginar. Geralmente, os pequenos órgãos não tem mais do que um teclado. Mas os grandes instrumentos tem dois, três, quatro e mesmo cinco, sobrepostos em anfiteatro, e mais um pedal. Quando o órgão tem cinco teclados, o primeiro é chamado positivo, o segundo teclado de grande órgão, o terceiro teclado de bombarda, o quarto teclado de descrição e o quinto teclado de eco. O vento, nos órgãos, é distribuído por grandes foles em canais que comunicam com o interior dos someiros. Com o passar do tempo, o órgão foi adotado definitivamente para os chamados serviços religiosos, e, a partir dai, talvez pela organização dos registros, pode-se estudá-lo com maior precisão e intensidade. No século X surge o órgão portátil, com 4 ou 5 tipos de tubos e já munido de registros denominados de regal (régale).
Havia um outro tipo de órgão portátil, o positivo, apenas com duas ou três ordens de tubos e um teclado de 25 teclas. Até aos começos do século XIV aparece a pedaleira, isto é, um novo teclado com as teclas em madeira para ser acionado com os pés do executante. O número de teclas, tanto do manual como da pedaleira, aumenta constantemente e no século XX constroem-se grandes órgãos com teclados de 61 teclas e pedaleiras podendo dar 31 notas. Na maioria dos instrumentos modernos, os teclados, bem como os registros, se acham instalados, como nos órgãos antigos, mas sim numa peça situada a certa distância deste, chamada consola. Enfim, graças a um dispositivo de eletroímãs, inventado pelo construtor Gonzalez, a consola pode-se tornar móvel. Enorme órgão é o que se acha na Escola Nacional de Música do Rio de Janeiro. O gigantesco instrumento pesa aproximadamente 17 toneladas, e foi construído pelos conhecidos fabricantes Giovanni Tamburini, de Cremona.
A maravilhosa engrenagem do grande instrumento (popularmente conhecido como Órgão de Crema) é mantida por 40000 metros de fios e 12000 eletromagnetos; compõe-se a pedaleira de 32 notas, e no órgão 67 pistões produzem cerca de 60 metros cúbicos de ar por minuto.
Como curiosidade, o órgão da Basílica de Nossa Senhora Auxiliadora, inaugurado no dia 16 de Abril de 1956, uma segunda feira http://www.calendario.cnt.br/Calendar25.htm , pelo Maestro Fernando Germani, organista do Vaticano, foi orçado na época, pela impressionante quantia de Cr$ 5.000.000,00. Na Igreja de S. Suplicio (Saint - Sulpice) , em Paris, há um órgão que possui aproximadamente 7.000 tubos. Com certeza, está o famoso instrumento classificado entre os maiores do globo. Vide imagem em: http://farm1.static.flickr.com/138/353391836_c876fd4cda.jpg?v=0 Há órgãos famosos, verdadeiras obras primas, com os seus tubos e maquinaria inclusos em peças de madeira ( os bufets) , geralmente ornamentados de esculturas, de estátuas, brasões e outros trabalhos efetuados por artistas dos mais renomados. Entre os órgãos mais expressivos e famosos do mundo destacam-se os da:
Na Alemanha, Inglaterra e França viveram e ainda vivem célebres
fabricantes de órgãos. Do século XVI a XVII, destacou-se, na Alemanha, a
família Compenius; no século XVII, em Londres, sobressaíram os Dallam e
Harris; de XVII a XVIII, em França, os Clicquot. Incrível que nos séculos XIII e XIV havia a necessidade de golpear as teclas fortemente, inclusive utilizando-se os cotovelos para se obter sons de baixa qualidade. Os avanços tecnológicos sucessivos glorificaram cada vez mais os organistas, os fabricantes, até chegar aos órgãos pneumáticos, com cinco teclados manuais e milhares de tubos. Com a ajuda do livro (até certo ponto raro) HISTORIA DE LA MÚSICA, por José Subirá, da Salvat Editores, S.A, ampliamos os conceitos já emitidos, com mais riqueza de detalhes. O órgão ocupava importante lugar no interior das mansões da antiga realeza castelhana. Sancho IV tinha em seu castelo real com um ótimo soldo o maestro Martin de los órgãos. Frei Juan Gil de Zamora, o preceptor daquele monarca, declarou em seu tratado musical que o órgão era o único instrumento adequado para os diversos cânticos, hinos, nos templos, pois os outros não mereciam confiança devido o abuso que os mesmos haviam feito os trovadores. Com a prosperidade do instrumento surgem organistas em várias nações e o intercambio entre elas é muito grande, adaptando-se perfeitamente em cada caso concreto. Leonardo Mertz fabrica órgãos não só para Worms, Wurzburg e Nuremberg, como também para Barcelona, entre 1459, 1463. Em 1560 foi construído o órgão da catedral de Valença, por um alemão chamado Peter Pons. Naquela época na Espanha, o intercambio entre nações era grande, principalmente com a França, como por exemplo o fabricante do órgão da catedral de Bayona construído em 1488, por Domingo de Castelbon. Um aspecto muito interessante para o pesquisador, ou para o visitante do site é que os órgãos espanhóis tinham uma característica peculiar que não afetava a construção, mas a certos aspectos parciais: disposição de registros e teclados. A introdução desses instrumentos no culto contribuiu a ser desenvolvida uma ampla literatura musical de tecla, a qual era escassa em alguns paises que predominavam as igrejas chamadas ortodoxas. Reafirmando o que já foi dito, os órgãos eram decorados com gosto e riqueza; nas fachadas proliferaram pinturas e esculturas , destruídas umas pela fúria dos homens eu pela ação implacável do tempo, outras conservadas em variados museus e colecionadores. Constitui uma exceção, dita por Michel Brenet, o famoso órgão de Salamanca (1380), a mais antiga fachada conhecida que permanece ainda no seu lugar.
As pinturas sobre a madeira conhecidas com a denominação Triptico de Nájera é atribuída a Memling (1485), local em que representa o Cristo rodeado de anjos cantores e instrumentistas, provem do órgão de um monastério de Castilla la Vieja. Na França, a fachada do órgão de Perpiñán foi construída no estilo espanhol (1504), e apesar de ter perdido os seus volets, estes são conservados em uma capela próxima.
Consta que a fachada do Perpiñán tem quinze metros de altura por sete e meio de largura, formando uma superfície plana dividida em doze compartimentos com uma centena de tubos pintados a dourado. OUTROS REGISTROS HISTÓRICOS
ÓRGÃOS ELETRÔNICOS Os órgão eletrônicos surgem a partir da década de 1970, aproveitando as inovações que iam sendo feitas nos sintetizadores. Com o desenvolvimento da tecnologia tornaram-se cada vez mais sofisticados, com recursos de imitação de vários instrumentos,e, não somente dos órgãos. Com a chamada tecnologia digital, com chips de memória, permite que se efetue um acompanhamento amplo. Já mais para os anos 80, foram produzidos órgãos para praticamente toda a classe de pessoas (adultos, jovens, crianças), profissionais ou amadores; popularmente são conhecidos como teclados eletrônicos. Pela extensão temática, por estar fora dos nossos propósitos mediatos, não ampliaremos o artigo. TOQUE FINAL
USA, Garden
Grove (CA), Crystal Cathedral Fonte: http://www.die-orgelseite.de/index.html
Fontes consultadas: internet com respectivos créditos, enciclopédia W.M. Jackson, Inc. Editores, HISTORIA DE LA MÚSICA, de José Subirá, Salvat Editores, S.A, livro Curiosidades, Valmiro Rodrigues Vidal, Editora Conquista, Lello Universal, Lello @ Irmão Editores, Tesouro da Juventude, W. M. Jackson, Inc. Editores. |